Relato neste Blog o trabalho com Formação de Professores para inclusão dos Recursos Tecnológicos no processo de Ensino Aprendizagem. São ações do ProInfo Integrado e programas de formação de professores UAB/UFSM.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

WebQuest



A Inclusão das TIC no processo de ensino-aprendizagem depende, além dos conhecimentos básicos do professor sobre os recursos tecnológicos e de aplicativos, software e recursos educacionais, da exploração didática que o professor faz de cada recurso, da visualização de possibilidades (das potencialidades) do recurso e adaptações que pode realizar com os mesmos.
Um exemplo desse conhecimento são as maneiras como uma WebQuest pode ser explorada nas atividades didáticas. A WebQuest, que é um roteiro de pesquisa, pode ser transformada em grandes desafios para o estudante que irá pesquisar e realizar atividades diferenciadas para  adquirir/melhorar o conhecimento sobre o tema em estudo. De um simples roteiro pode ser transformada em trabalho colaborativo, instigante e que exija criatividade, dependo para isso das Tarefas criadas pelo professor. “A Tarefa é a parte mais importante de uma WebQuest. Propor um tema que promova a discussão, saia do convencional e relacione com o contexto, exige grande reflexão por parte dos autores de uma WebQuest” (SALATESKI E PEREIRA, 2010, p. 9).

Bernie Dodge, que criou a metodologia de WebQuest em 1995, estruturou a mesma com os seguintes  atributos: Introdução, Tarefa, Processo, Recursos, Avaliação e Conclusão. Atualmente o atributo Tarefa já é substituído por Desafios e o Processo pode ser acoplado com os Recursos. 

Mapa Mental sobre WebQuest- Mara Denize Mazzardo
Abar & Barbosa (2008, p.11) conceituam WebQuest como  “uma atividade didática, estruturada de forma que os alunos se envolvam no desenvolvimento de uma tarefa de investigação usando principalmente recursos da Internet”. O grande número de informações disponíveis na Internet exige que o trabalho de pesquisa seja orientado pelos professores. Crianças e jovens que recebem livre acesso à informação sem direcionamento, com freqüência são incapazes de distinguir entre o importante, o trivial, o inadequado e o simplesmente errôneo (ARMSTRONG e CASEMENT, 2001).

O desenvolvimento de WebQuest pelos alunos é uma forma de iniciação científica, pois

Como usuário da rede de informações, o aluno deverá ser iniciado como pesquisador e investigador para resolver problemas concretos que ocorrem no cotidiano de suas vidas. A aprendizagem precisa ser significativa, desafiadora, problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o aluno e o grupo a buscar soluções possíveis para serem discutidas e concretizadas à luz de referenciais teórico-práticos (BEHRENS, 2000, p.77).


WebQuest “é uma metodologia que cria condições para que a aprendizagem ocorra, utilizando os recursos de interação e pesquisa disponíveis ou não na Internet de forma colaborativa. É uma oportunidade de realizarmos algo diferente para obtermos resultados diferentes em relação à aprendizagem de nossos alunos. Além de que, as WebQuets oportunizam a produção de materiais de apoio ao ensino de todas as disciplinas de acordo com as necessidades do professor e seus alunos (BARROS 2005, p. 4)

Silva (2008, p.47) em seu conceito sobre WebQuest destaca o papel do professor e do aluno:

A WebQuest irá orientar a “navegação” do estudante na grande rede de computadores a fim de se obter a construção e reconstrução de conhecimentos ali encontrados. Ele estará mais concentrado em seu tema de pesquisa, com um processo definido para executá-la, com tarefas e recursos predefinidos. O ensino não consistirá apenas em dizer o que o estudante deve fazer, ao contrário, o professor irá tornar-se um questionador, um organizador, ira estruturar problematizações desafiadoras e fornecer apoio para a execução do estudo. Portanto, são estratégias que aumentam a motivação do aluno que, estando motivado não somente faz mais esforços, como está mais alerta a realizar mais conexões, o que resulta em uma aquisição de conhecimentos significativos

Através do trabalho com WebQuest pode-se evitar grave problema do copiar/colar e em conseqüência o plágio. Para isso, nas Tarefas colocar atividades que evitem respostas simples e diretas, levando os alunos a relacionar, comparar, descrever, sintetizar, opinar, discutir, consultar em diversas fontes e referenciar corretamente, representar os conhecimentos com mídias diversas, criar, ser autor e respeitar a autoria:

Entende-se, desta forma, que a pesquisa deve possibilitar ao aluno oportunidade para que elabore as suas próprias hipóteses e teorias, para que recrie seus próprios conceitos com base no questionamento do problema que se apresenta e, nesse sentido, a pesquisa somente poderá ser considerada na sua plenitude se conseguir levar o aluno a desenvolver capacidades cognitivas ao nível da análise, síntese e avaliação. Da mesma forma, o principal objetivo de uma WebQuest enquanto estratégia de pesquisa orientada é que seja capaz de proporcionar uma “aprendizagem ativa”, ou seja, conseguir que os alunos transformem e assimilem os conhecimentos que já têm em estruturas de conhecimentos mais complexas e elaboradas (BOTTENTUIT JUNIOR e COUTINHO, 2011,  p. 6)

Na figura abaixo a Taxionomia de Bloom revisada segundo a metodologia da WebQuest destaca por Bottentuit e Coutinho 2011.

Taxonomia de Bloom (revistos) e seus objetivos paliçada a WebQuest. Fontes: Rocha (2007); Churches (2009); Paiva (2011)


O Professor ao elaborar WebQuest torna-se autor de Material Didático, o que valoriza sua atuação profissional, podendo ainda disponibilizar as WebQuest na Internet para facilitar o acesso para os alunos e compartilhar com seus colegas e demais interessados no tema.


Trabalho sobre WebQuest Apresentado na EDUTEC 2014 (Espanha)





Referências

ABAR, Celina A. A. P.; BARBOSA, Lisbete M.. WebQuest: um desafio para o
professor!. São Paulo: Avercamp, 2008

ARMSTRONG, Alison; CASEMENT, Charles. A criança e a máquina. Porto Alegre: Artmed, 2001.

BARROS , Gílian Cristina. WebQuest: metodologia que ultrapassa os limites do ciberespaço.

BEHRENS, Marilda. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 8. ed. São Paulo: Papirus, 2000.

SALATESKI, Cleonice; PEREIRA, Patrícia Sandalo. WebQuest: recurso pedagógico no ensino da matemática. Disponível em:

SILVA, Karine Xavier Soares. WebQuest: uma metodologia para a pesquisa
escolar por meio da internet. São Paulo: Blucher Acadêmico, 2008.

BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista; COUTINHO, Clara Pereira. A WebQuest na EaD: rompendo a barreira do isolamento em cursos na modalidade a distância.  In VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância - ESUD 2011.

Disponível em:
http://lite.dex.ufla.br/esud2011/images/abook_file/92469.pdf
 

 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

domingo, 2 de novembro de 2014

Um tour pelas salas de aula do planeta

O fotógrafo britânico Julian Germain, com uma câmera na mão e um olhar apurado, ele roda o mundo para registrar a educação em diferentes países


Ooron Dutse, Kano, Nigéria, nível islâmico secundário 2, aula de estudos sociais