Relato neste Blog o trabalho com Formação de Professores para inclusão dos Recursos Tecnológicos no processo de Ensino Aprendizagem. São ações do ProInfo Integrado e programas de formação de professores UAB/UFSM.

domingo, 30 de setembro de 2012

Desenvovimento de Projetos Pedagógicos

De acordo com o referencial teórico (DEWEY, KILPATRICK, HERNANDEZ, ALMEIDA, PRADO, FREIRE) o trabalho com projetos possibilita ao aluno questionar a realidade, unir teoria e prática isto é, aprender fazendo, problematizar, planejar ações para resolver problemas, pensar criticamente, dar significado ao que aprende, “ler o mundopara poder transformá-lo começando em sua comunidade, despertar a curiosidade por novos conhecimentos, refletir, indagar, ter autonomia para aprender, expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação.
Na proposta do Ensino Médio Politécnico, (SEDUC/RS, 2011), o entendimento do mundo, com a realidade do aluno também está presente: o desenvolvimento de projetos com atividades práticas e vivências relacionadas com a vida, com o mundo e com o mundo do trabalho, tornando a escola uma comunidade de aprendizagem onde os alunos explorarão interesses vocacionais ou opções profissionais, perspectivas de vida e de organização social, exercendo sua autonomia e aprendendo a ser autônomo, ao formular e ensaiar a concretização de projetos de vida e de sociedade.
 
Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto (HERNÁNDEZ).
 
A pedagogia de projeto deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto (PRADO, 2005. P. 15).

Pesquisa


Destacamos também que o desenvolvimento de projetos proporciona a oportunidade para o aluno aprender a pesquisar - a pesquisa pedagogicamente estruturada possibilita a construção de novos conhecimentos e a formação de sujeitos pesquisadores, críticos e reflexivos.

A pesquisa propicia o desenvolvimento da atitude científica, o que significa contribuir, entre outros aspectos para o desenvolvimento de condições de, ao longo da vida, interpretar, analisar, criticar, refletir, rejeitar ideias fechadas, aprender, buscar soluções e propor alternativas, potencializadas pela investigação e pela responsabilidade ética assumida diante das questões políticas, sociais, culturais e econômicas (UNESCO, 2011).

Origem dos Temas a Serem Pesquisados:
 
Surge do interesse dos alunos – Projetos de Aprendizagem (FAGUNDES et al, 1999)
Definido pela escola, professores, SEDUC, MEC – Projetos de Ensino (FAGUNDES et al, 1999)
O tema pode pertencer ao currículo oficial, proceder de uma experiência comum, originar-se de um fato da atualidade, surgir de um problema proposto pela professora ou emergir de uma questão que ficou pendente  (HERNÁNDEZ; VENTURA, 1998, p. 67).
Professor e alunos definem em conjunto.
 
Na proposta do Ensino Médio Politécnico surgem:
 
Eixos Temáticos Transversais da Parte Diversificada.
 
Eixos Temáticos definidos na Pesquisa Socioantropológica.
Realidade vivida pelo aluno.

Mapa Mental sobre Projetos - Elaborado por Mara Denize Mazzardo
Estes foram alguns dos temas estudados pelos professores que participaram e os que estão participando do Curso Elaboração de Projetos, no NTE de Santa Maria, ministrado pela professora Mara Denize Mazzardo. Os professores, além do estudo do referencial teórico, desenvolveram e analisaram projetos.
 
Parabéns aos que já concluíram o curso e Sucesso para os que estão participando neste semestre!
 
Parabéns pela valorização do estudo e reflexão com os colegas, buscando alternativas para melhorar a atuação profissional e a aprendizagem dos alunos!

Turma 1/2012
Turma 2 /2012
Turma 3/2012
Turma 4/2012

 
Referências:
FAGUNDES, Léa et al. Aprendizes do Futuro: as inovações começaram! Coleção Informática para a Mudança na Educação. Ministério da Educação. Secretaria da Educação a Distância. Programa Nacional de Informática na Educação, 1999.
FREIRE, F.M.P e PRADO, M.E.B.B. Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de software educacional. In: VALENTE, J. A. (Org.). O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Nied-Unicamp, 1999. p. 111-129.
HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na Educação: os projetos de trabalho. Porto alegre: ArtMed, 1998.
HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, José Manuel (Org.). Integração das tecnologias na educação. Brasília: Ministério da Educação/SEED/TV Escola/Salto para o Futuro, 2005. cap. 1, artigo 1.1, p. 12-17. Disponível em
http://tvescola.mec.gov.br/images/stories/publicacoes/salto_para_o_futuro/livro_salto_tecnologias.pdf

SEDUC. Proposta Pedagógica Para o Ensino Médio Politécnico e Educação Profisssional Integrada ao Ensino Médio. Porto Alegre, RS, setembro 2011.
UNESCO. Protótipos Curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Integrado:Resumo Executivo. Brasília, Debates Ed. N.1, maio 2011.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Informática na Educação é tema de formação na Seduc

O secretário de Estado da Educação, Jose Clovis de Azevedo, abriu nesta quarta-feira (19) o encontro de formação da Coordenação de Gestão da Aprendizagem (CGA) do Departamento Pedagógico da Secretaria de Estado da Educação.

domingo, 16 de setembro de 2012

Wiki Aves

Confiram o espaço colaborativo para publicação (e identificação quando não sabemos) de fotos de aves. É um espaço dos observadores de aves sendo permitido apenas fotos e sons de aves em seu habitat natural.



domingo, 9 de setembro de 2012

Recursos da Internet - Objetos de Aprendizagem



A formação dos professores para incluir as TIC no processo de ensino-aprendizagem deve contemplar a exploração pedagógica dos recursos da Internet que possibilitam:

1 – Recursos de Comunicação/Discussão – e-mail, Fóruns, Salas de Discussão, MSN, Skype, Redes Sociais.
2 – Recursos de divulgação de trabalhos escolares – Blogs, Sites, Redes Sociais
3 – Pesquisar em fontes diversificadas – saber pesquisar e orientar os trabalhos de pesquisa dos alunos (como exemplo citamos as WebQuest).
4 – Utilização de Ambientes Virtuais de Ensino Aprendizagem – na formação do professor e para desenvolver atividades com seus alunos.
5 – Desenvolvimento de Trabalhos Colaborativos – Ambientes Wike, Blog, Redes Sociais, Google Docs.
6 – Espaços para disponibilizar produções em Mídias Diversas: arquivos de áudio, vídeos, imagens, textos, apresentações.
7 – Acessar, Visualizar e Baixar Objetos de Aprendizagem – AO - disponíveis em repositórios.

Com o avanço das TIC houve uma aceleração no desenvolvimento de materiais didáticos, fazendo uso do som, cor e movimento, propiciando uma maior interatividade com os usuários. Os objetos produzidos, também chamados Objetos de Aprendizagem, podem ser utilizados pelos professores, sendo facilmente configuráveis e adaptados para suas necessidades particulares (SCOLARI, BERNARDI e CORDENONSI, 2011).

Mas, o que são Objetos de Aprendizagem? Vamos conferir o conceito de Objetos de Aprendizagem de vários autores:

Wiley, (2000): OA é qualquer recurso digital que possa ser reutilizado e ajude na aprendizagem.

Audino e Nascimento (2010, p. 13), objetos de aprendizagem "são recursos digitais dinâmicos, interativos e reutilizáveis em diferentes ambientes de aprendizagem elaborados a partir de uma base tecnológica".

Tarouco, Fabre e Tamusiunas (2003, p. 2) definem objetos de aprendizagem “como qualquer recurso, suplementar ao processo de aprendizagem, que pode ser reusado para apoiar a aprendizagem. O termo objeto educacional (learning object) geralmente aplica-se a materiais educacionais projetados e construídos em pequenos conjuntos com vistas a maximizar as situações de aprendizagem onde o recurso pode ser utilizado”.

O Institute of Electrical and Electronics Engineers (2002), conceitua OA como “qualquer entidade, digital ou não digital, que pode ser utilizada, reutilizada ou referenciada durante a aprendizagem, apoiada pela tecnologia.”

Reis (2010) denomina os AO de OEA – Objetos de Ensino-Aprendizagem: são unidades auto consistentes de pequena extensão e fácil manipulação, passíveis de combinação com outros objetos educacionais ou qualquer outra mídia digital (vídeos, imagens, áudios, textos, gráficos, tabelas, tutoriais, aplicações, mapas, jogos educacionais, animações, infográficos, páginas web) por meio da hiperligação. Além disso, um OEA pode ter usos variados, seu conteúdo pode ser alterado ou reagregado, e ainda ter sua interface e seu layout modificado para ser adaptado a outros módulos ou cursos.

Atualmente as denominações são muitas: Recursos Educacionais Digitais, Recursos Educacionais Hipermidiáticos, Recursos Educacionais Multimídia.

Características dos Objetos de Aprendizagem

Wiley (2000):
            a) reusabilidade: devido ao fato que um OA pretende cumprir um objetivo específico, ele poderá ser utilizado por diversos educadores, inúmeras vezes e em diferentes ambientes de aprendizagem;
            b) interoperabilidade: o OA deve possuir uma estrutura baseada em linguagem de programação XLM, que garanta sua utilização em plataformas com diferentes ambientes de programação. A interoperabilidade é habilidade de operar através de uma variedade de hardware (componentes físicos de um sistema), sistemas operacionais e browsers, intercâmbio efetivo entre diferentes sistemas;
            c) adaptabilidade: deve ser adaptável a qualquer ambiente de ensino;
            d) acessibilidade (recuperabilidade): um objeto de aprendizagem deve ser de fácil acesso para os alunos, ou seja, OA acessível facilmente via Internet para ser usado em diversos locais;
            e) durabilidade: possibilidade de continuar a ser usado, independente da mudança de tecnologia. Para isso os OA devem estar em um Repositório que permita, a todo o momento, incorporar novos conteúdos e/ou modificações aos existentes. Desta forma um objeto deve evitar a obsolescência;
            f) interatividade: requer que o estudante interaja com o conteúdo de alguma forma, podendo ver, ouvir ou responder algo.

Tecnologias interativas, como multimídia, possuem grande potencial para aplicações na área educacional, oportunizando mudanças em relação a situações de aprendizagem. Neste contexto, objetos de aprendizagem se apresentam como um meio facilitador da aprendizagem, para assim auxiliar os professores no em suas atividades pedagógicas, tanto em sala de aula, como além dela (SCOLARI, BERNARDI e CORDENONSI, 2011, p. 3)

Onde Encontrar?

Referências Bibliográficas

AUDINO, D. F.; NASCIMENTO, R. S.; Objetos de Aprendizagem – diálogos entre
conceitos e uma nova proposição aplicada à educação. Revista Contemporânea de Educação, 128 – 148, vol. 5, n. 10 , jul/dez 2010. Disponível em:
Acesso: 06 set. 2012
 REIS, S.C. Do discurso à prática: textualização de pesquisas sobre ensino de inglês mediado por computador, Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2010.    
SCOLARI, Angélica Taschetto; BERNARDI, Giliane; CORDENONSI, Andre Zanki. O Desenvolvimento do Raciocínio Lógico através de Objetos de Aprendizagem. In RENOTE: Revista Novas Tecnologias da Educação, Porto Alegre, v. 10 n. 1, Julho 2012. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo10/artigos/4eGiliane.pdf
Acesso em: 31 ago. 2012
SILVA, Maria da Graça Moreira da. Novas Aprendizagens. In: Congresso Internacional de Educação a Distância, 11, 7-10 set. 2004. Disponível em http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/146-TC-D2.htm. Acessado em 21 de fevereiro de 2006.
TAROUCO, Liane Margarida Rocenbach; FABRE, Marie-Christine Julie Mascarenhas; TAMUSIUNAS, Fabrício Raupp. Reusabilidade de objetos educacionais. RENOTE: Revista Novas Tecnologias da Educação, Porto Alegre, v. 1 n. 1, fev. 2003. Disponível em: http://www.nuted.ufrgs.br/oficinas/criacao/marie_reusabilidade.pdf
Acesso: 09 set. 2012
WILEY, David. A.. Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a metaphor, and a taxonomy. The Instructional Use of Learning Objects: Online Version., 2000 Disponível em http://reusability.org/read/chapters/wiley.doc